Tempo certo

Nota do autor: Perdão pelo texto chiclete que segue abaixo, mas não podia ficar muito mais tempo sem aparecer. Afinal, não estou tentando perder os poucos leitores que tenho. Prometo aparecer com algo melhor em breve. Beijos.

Ele ficou em silêncio, aquele silêncio que parece gritar e que machuca, sabe? Algumas lágrimas ameaçaram pular de meus olhos e uma força invisível pareceu apertar sem dó a minha garganta.

- Eu te amo. - Sussurrei tentando olhar em seus olhos, que por algum motivo olhavam para o concreto. - Você tem ideia de a quanto tempo eu o desejo? - Ele apenas balançou a cabeça, continuei. - Bom, fazem quase cinco anos, ou seja, desde quando te conheci.

-Eu te amo. - Repeti, mais firme dessa vez. - É o primeiro homem que ouve de mim essas palavras. E eu as repito quantas vezes desejar ouvir, pois digo com total certeza. São anos admirando suas qualidades e descobrindo os seus defeitos. E para aturá-los por tanto tempo, só sendo amor. - Soltei um riso fraco, me sentia piegas.

Continuamos imóveis e calados por mais uns cinco minutos, nesse meio tempo, as lágrimas saltaram e uns dois ou três soluços saíram sufocados. Logo, senti sua mão acariciar muito suavemente o meu rosto. Secou-me as bochechas e puxou levemente meu rosto. Beijou-me os lábios por uma fração de segundos.

- Eu te amo. - Ele sussurrou. - E bom, te desejo há 6 anos e meio. - Percebendo meu olhar surpreso continuou. - Desde quando a vi pela primeira vez.

Continuei parada, minha respiração era ofegante. Ele então aproximou-se uma segunda vez, beijou-me rapidamente de novo, mas antes que eu pudesse reclamar juntou novamente nossos lábios suave e intensamente, numa mistura equilibrada e perfeita.